Dados do Trabalho

Título

Impacto da Sutura de Reforço na Técnica de excisão Discoidal: Redução das Taxas de Complicações?

Introdução

A endometriose profunda é caracterizada por lesões que se infiltram mais de 5 mm abaixo da camada peritoneal, afetando a região reto-sigmóide, causando fibrose, distorção anatômica, dor e infertilidade. O manejo cirúrgico é considerado em casos de falha na fertilização in vitro, sinais de obstrução intestinal e dor crônica. Três técnicas são utilizadas: "shaving", excisão discóide e ressecção intestinal segmentar. A excisão discóide com sutura de reforço tem reduzido complicações como fístulas e deiscência anastomótica.

Objetivos

Avaliar a eficácia da sutura de reforço na ressecção discóide.

Métodos

O estudo consiste em uma revisão de literatura integrativa, abrangendo publicações dos últimos cinco anos nas bases Cochrane, PubMed e Lilacs, focando em meta-análises e estudos randomizados. A análise incluiu a leitura crítica de artigos relevantes, destacando diferentes perspectivas e abordagens.

Resultados

A cirurgia para tratamento da endometriose intestinal, particularmente a ressecção discóide, foi amplamente estudada, com foco nas taxas de complicações. A técnica é preferida para lesões menores que 3 cm, enquanto a ressecção segmentar é necessária para lesões maiores. A excisão discóide com sutura de reforço apresenta vantagens na redução de fístulas, pois a sutura dupla reforça a parede intestinal, promovendo cicatrização robusta. Estudos recentes, incluindo um de Enrico V. et al. (2022), mostraram que a sutura de reforço reduz significativamente as taxas de fístulas. Outro estudo de Cavallaro P.M. et al. (2023) também confirmou menores complicações no grupo com sutura de reforço. Coccia M.E. et al. (2021) consolidou dados de múltiplos estudos, evidenciando melhorias na recuperação funcional intestinal e menor incidência de sintomas gastrointestinais prolongados.

Conclusões

A literatura sugere que o uso de sutura de reforço durante a ressecção discóide reduz complicações pós-operatórias, promovendo uma melhor processo cicatricial e recuperação funcional mais eficaz. Embora mais pesquisas sejam necessárias, a tendência atual indica uma clara vantagem dessa técnica, contribuindo para melhores resultados cirúrgicos.

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