Dados do Trabalho

Título

Técnica cirúrgica de reanastomose tubária por cirurgia robótica

Descriçao do caso

O procedimento começa com o exame do útero, trompas e ovários. Avaliamos o comprimento das tubas disponíveis para reanastomose, o que depende da técnica original utilizada para a ligadura.

As margens das tubas são preparadas com corte a frio com tesoura curva monopolar.
Uma sonda nasogástrica tamanho 6 é introduzida a partir da extremidade da fímbria em direção ao coto proximal, para encontrarmos a porção pérvia e delinear o coto distal.

A parte siliconada da sonda lacrimal é passada no coto proximal para verificar se está pérvia.


A margem distal é preparada de forma semelhante para que não haja assimetria entre os dois cotos a serem aproximados,
qualquer porção fibrosa na tuba pode ser removida nesta fase.

O próximo passo é aproximar e suturar os cotos proximais e distais. Para isso a parte siliconada da sonda lacrimal é introduzida nos dois cotos para melhor alinhamento entre eles.

Na sutura deve-se ter o cuidado para passar o fio de fora para dentro em uma extremidade da anastomose e de dentro para fora na outra extremidade do segmento anastomótico, sempre exteriorizando o ponto.


Após as primeiras suturas a sonda lacrimal é retirada.
Geralmente, suturas às 12, 3, 6 e 9 horas são suficientes para estabelecer a continuidade do lúmen tubular. E se repetirá nas duas camadas, a camada do epitélio e a camada muscular da tuba.


Usamos polipropileno 7-0 que é um fio monofilamentar não absorvível, mais adequado para a camada do epitélio, uma sutura tão delicada.

Usamos polipropileno 5-0 na camada muscular da tuba e na mesossalpinge para aproximar os cotos tubários e diminuirmos a tensão entre eles.


Etapas semelhantes são repetidas no lado oposto.

A injeção transcervical do azul de metileno é realizada para avaliar a reanastomose.
A paciente deste caso apresentado, após 2 meses do procedimento engravidou.